Os protestos dos agricultores acumularam quase 600 encerramentos de estradas e mais de 4.000 multas | Economia

Os protestos dos agricultores acumularam quase 600 encerramentos de estradas e mais de 4.000 multas |  Economia

Os protestos dos agricultores nas estradas espanholas relaxaram esta quinta-feira, apesar de grandes organizações agrícolas terem aderido às manifestações. Mesmo assim, o número de incidentes continua a obrigar as autoridades a trabalhar arduamente. Assim, desde a última terça-feira, quando começaram as mobilizações, já foram registados 585 encerramentos de estradas. Nesta quinta-feira, véspera de inúmeras chamadas às delegações do Governo de várias províncias, as estradas que viram o trânsito interrompido foram 82. Os incidentes levaram a um total de 2.438 identificações, das quais pelo menos 76 ocorreram neste dia. , sempre de acordo com dados internos da Guarda Civil aos quais o EL PAÍS teve acesso. As autoridades policiais empregam uma média de 7.000 agentes diariamente para tentar controlar os protestos, 19.000 no total se forem acrescentados desde terça-feira.

Uma das divisões mais movimentadas é logicamente o Grupo de Tráfego, que apresentou, só nesta quarta-feira, 4.262 reclamações, das quais 335 recaíram diretamente sobre tratores. O total de contraordenações ascende agora a 1.189, embora esta quinta-feira apenas tenham sido abertos 29 processos deste tipo, segundo os dados disponíveis até ao meio da tarde. No que diz respeito às infrações penais, estas conduziram a 20 detenções, das quais seis ocorreram na província de Granada. Além disso, houve quatro detidos em León, dois em Cáceres, outros dois em Almería e mais dois, um em Burgos e outro em Navarra. Confrontos específicos com manifestantes deixaram nove guardas civis feridos e outras seis pessoas ficaram feridas em acidentes resultantes dos protestos.

Embora os dados apontem para uma flexibilização dos protestos, o dia de quinta-feira não foi isento de incidentes. Os mais notáveis ​​ocorreram na Andaluzia. Em Lebrija (Sevilha) cerca de trinta manifestantes colocaram obstáculos na estrada AP-4 e derrubaram a carga de um camião de legumes vindo de Marrocos, o que causou um “impacto médio” no trânsito daquela autoestrada. No seu prolongamento para norte, ao passar por La Carlota (Córdoba) já como A-4, também foi cortado em ambos os sentidos. O impacto foi menor na A-45 ao passar por Antequera (Málaga), onde as autoridades organizaram desvios alternativos quando duas faixas foram cortadas devido à colocação de pneus na estrada.

O previsível agravamento da situação, face às marchas convocadas para esta sexta-feira, já começou a ser notado durante a tarde de quinta-feira, quando houve mais protestos do que durante a manhã. Perante este cenário, as forças policiais decidiram mobilizar agentes de reserva de grupos especializados dentro da Guarda Civil. Estes estão apoiando os Agentes de Trânsito, que estão a priori os responsáveis ​​pela gestão dos encerramentos de estradas e das situações em que o tráfego abranda por qualquer motivo. A prevenção inclui o envio de tropas para pontos críticos de abastecimento e distribuição de alimentos ou outros bens.

Uma das preocupações é a celebração dos Prémios Goya, no sábado em Valladolid. Teme-se que os organizadores das propostas aproveitem o evento anual da indústria cinematográfica espanhola como vitrine para divulgar as suas reivindicações. E ao mesmo tempo, não está excluído que, como em ocasiões anteriores, o Presidente do Governo, Pedro Sánchez, esteja presente na cerimónia. Além disso, no sábado, espera-se um dia quente em Madrid. Em protestos mais uma vez não noticiados, tratoristas foram chamados a aproximar-se do Congresso, da sede do PSOE na Rua Ferraz e até do Palácio da Moncloa.

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By Edward C. Tilton

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