Novamente sem acordo. Foi assim que terminou esta segunda-feira a reunião entre o Ministério do Trabalho, os empregadores e os sindicatos para aumentar o salário mínimo interprofissional (SMI), agora fixado em 1.080 euros mensais. O secretário de Estado do Trabalho e da Economia Social, Joaquín Pérez Rey, deu esta segunda-feira a manchete sobre a reunião para aumentar o salário mínimo, ainda antes da realização da reunião: se os empresários não aderirem ao aumento de 4% proposto pelo Governo, o O aumento que for finalmente negociado apenas com os sindicatos será maior. Se os partidos finalmente aceitassem a proposta do governo salomónico – metade do que os sindicatos pedem (cerca de 5%) e do que os empregadores estão dispostos a fazer (3%) – o valor destes rendimentos para 2024 seria de 1.123 euros. por mês em 14 parcelas, mas para saber disso ainda teremos que esperar mais alguns dias.
Especificamente, Pérez Rey fez o seguinte alerta: “Se não chegarmos a um acordo em torno dos 4%, se os empregadores espanhóis não concordarem em assinar um acordo com o Governo, naturalmente o Governo se dissocia desse valor, procurará um acordo bipartido, como já fez noutras ocasiões, e tentaremos chegar a acordo com os sindicatos sobre um aumento do SMI que, obviamente, não pode mais ser de 4%, estamos dispostos, portanto, a fazer um aumento mais ambicioso.” Desta forma, a número dois de Yolanda Díaz foi contundente com os empresários ao dizer que quem não assinar, “pagará as consequências”, na forma de um maior aumento do SMI, o que os empregadores rejeitam veementemente.
O aumento do SMI é a melhor ferramenta contra a desigualdade. Aumentámos em 50% mas não estamos satisfeitos. Temos de reduzir a diferença de 25 pontos em relação aos salários europeus.
Esta vai ser a legislatura dos salários e da redução do horário de trabalho.
– Yolanda Díaz (@Yolanda_Diaz_) 8 de janeiro de 2024
Na reunião desta segunda-feira, o Executivo reiterou esta proposta de 4% e transmitiu aos agentes sociais a recusa do Tesouro em indexar os contratos públicos, como exigem sobretudo a associação patronal e a UGT, e o aumento da taxa também não será subsidiado. SMI no terreno, como exigem os empregadores. Com isto, as associações patronais consultarão os seus órgãos internos entre esta segunda e quarta-feira, e na quinta ou sexta-feira todos voltarão a reunir-se para fechar o futuro aumento.
Neste cenário, apenas os representantes sindicais quiseram fazer declarações após a reunião para reiterar que estariam dispostos a aceitar um aumento entre 4% e 5% se os empregadores estivessem dispostos a fazê-lo. Caso contrário, a secretária de Ação Sindical e Emprego do CC OO, Mari Cruz Vicente, optou por negociar com o Trabalhismo um aumento “em torno de 5%. Embora o dirigente da UGT tenha ido mais longe, já que o seu secretário-geral adjunto de Política Sindical, Fernando Luján, pediu “coerência” ao Governo para que o aumento do salário mínimo fique entre 5% e 6%. ,9% que aumentaram as contribuições e assistências mínimas e o rendimento mínimo vital.
Ao final da reunião, a segunda vice-presidente e ministra do Trabalho, Yolanda Díaz, evitou falar sobre a falta de acordo para o aumento do salário mínimo, mas optou pelo seu aumento em abstrato, defendendo em seu relato X que “o aumento “O SMI é a melhor ferramenta contra a desigualdade.” Depois disso, defendeu que o Governo de coligação aumentou estas receitas em quase 50% nos últimos cinco anos, mas acrescentou: “Não, não estamos satisfeitos. Temos de reduzir a diferença de 25 pontos em relação aos salários europeus. “Esta vai ser a legislatura dos salários e da redução da jornada de trabalho.”
Além da ascensão
Dito isto, os representantes sindicais que participaram na reunião desta segunda-feira foram além de pedir um mero aumento do salário mínimo. Especificamente, a negociadora do CC OO, Mari Cruz Vicente, exigiu que o Governo, uma vez aprovado o novo SMI, abra uma mesa de diálogo com os agentes sociais para “esclarecer” a redação do próprio decreto, que inclui o aumento desta renda porque é “confuso e discriminatório”. Isto remete para a necessidade de explicitar a recusa em permitir que qualquer aumento do SMI seja absorvido por outros benefícios, como os do trabalho nocturno ou de privação, explicou Vicente.
Por sua vez, o número dois da UGT, Fernando Luján, pediu apoio à associação patronal para tentar obter do Governo a referida indexação dos contratos públicos com os aumentos do SMI, o que deverá ser feito através da negociação de um projeto de lei que modificaria a atual regra de desindexação de 2015 aprovada pelo PP, já que esta não pode ser alterada em decreto como o utilizado para aumentar o salário mínimo.
Atualmente, o SMI está fixado em 1.080 euros brutos mensais em 14 prestações, e é cobrado por cerca de três milhões de trabalhadores. O que se discute é um aumento que parte dos 4% – que o Partido Trabalhista colocou como ponto de partida – até aos 5% que os sindicatos querem atingir. No entanto, esta segunda-feira abre-se um novo cenário depois da exigência da UGT de ultrapassar esses 5% caso a associação patronal não entrasse na equação. A principal dúvida nesta negociação permanece e é se os empregadores, que inicialmente se mostraram dispostos a aumentar o piso salarial em 3% – ao contrário do que aconteceu nas prorrogações anteriores – vão aderir ou não ao aumento que está determinado, agora. sabemos que o Tesouro não indexará este aumento aos contratos públicos nem subsidiará o SMI nos contratos agrícolas. Se não aderir agora ao acordo, é certo que o Partido Trabalhista fará pender a balança para o lado sindical e aumentará este rendimento em cerca de 5% ou mais.
Em qualquer caso, o aumento que o Executivo decidir finalmente aplicar, após as conversas mantidas com os agentes sociais, entrará em vigor retroactivamente a partir de 1 de Janeiro e juntar-se-á ao aumento de 47% que este rendimento sofreu nos últimos cinco anos. .
Acompanhe todas as informações Economia e Negócios em Facebook e xou em nosso boletim informativo semanal
A Agenda de Cinco Dias
As cotações econômicas mais importantes do dia, com as chaves e o contexto para entender seu alcance.
RECEBA NO SEU E-MAIL
Inscreva-se para continuar lendo
Leia sem limites
_