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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, anunciou o fim da epidemia de dengue no estado, encerrando uma emergência sanitária que já durava cinco meses.
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado nesta segunda-feira pelas autoridades sanitárias mineiras, mais de 970 mil casos de dengue foram confirmados neste ano, com 764 mortes registradas e outras 732 ainda em investigação.
A capital, Belo Horizonte, já havia suspendido a emergência sanitária no mês passado, com o prefeito Fuad Noman declarando que a cidade havia “superado o vírus”.
Em março, com o agravamento da crise da dengue, Minas Gerais respondia por cerca de um terço de todos os casos do país, com uma taxa de 8.059 casos por 100 mil habitantes, superada apenas pelo Distrito Federal.
Nos primeiros quatro meses de 2024, 4,3 milhões de brasileiros foram diagnosticados com dengue, a pior epidemia desde 2015, quando foram registrados 1.688.688 casos.
Este ano, o Brasil também registrou novo recorde de mortes por dengue: 2.197 casos confirmados e outros 2.276 casos ainda em investigação. Esses números são os mais altos desde 2000.
A emergência em Minas Gerais também afetou outras doenças transmitidas por mosquitos, como Chikungunya e Zika. O estado confirmou 109.953 casos de Chikungunya, com 83 mortes e apenas 38 casos de Zika desde o início do ano.
No total, nove estados brasileiros declararam emergência de saúde pública durante a epidemia de dengue. Além de Minas Gerais, o Rio de Janeiro também encerrou o estado de emergência.
“Não há dúvida de que a epidemia de dengue está diminuindo no Brasil, especialmente com a chegada dos meses mais secos do ano”, disse Cláudio Maierovitch, vice-presidente da associação brasileira de saúde Abrasco, ao O Report Brasileiro.
“É importante que as autoridades estaduais e locais aproveitem este momento para se prepararem para a próxima epidemia. “Devemos agir agora, em julho e agosto, para evitar que a epidemia se repita nos meses chuvosos”, acrescentou.
Embora a taxa de mortalidade por dengue seja baixa, a epidemia pode ter um impacto econômico significativo, levando a perdas de produtividade de até 4,4 bilhões de reais (889 milhões de dólares) em 2024, segundo estimativas da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) de Meio de Abril). O impacto real poderá ser ainda maior.
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