Marcos Ojeda (Creand WM): “Nos fins de semana uso tênis e camiseta do Iron Maiden” | Negócios

Marcos Ojeda (Creand WM): “Nos fins de semana uso tênis e camiseta do Iron Maiden” | Negócios

Creand Wealth Management é a divisão de private banking de um dos principais grupos bancários andorranos. Na Espanha, a empresa assessora e administra ativos no valor de mais de 4.000 milhões de euros. O chefe da subsidiária, Marcos Ojeda (Madri, 1971), se dedica a dar consultoria de investimentos a clientes ricos há 29 anos. Na Caixa Catalunya, Banco Sabadell, Banco Espirito Santo e Banco Alcalá (que acabou sendo comprado pelo Crédit Andorrá, agora Creand).

PerguntarComo você entrou no setor bancário privado?

Responder. Foi através de um amigo. Trabalhei em banco, na área de consultoria para grandes empresas. Ele me disse para tentar, que eu seria bom nisso por causa de minhas habilidades pessoais. E até agora.

P. Para ser banqueiro privado é preciso vir de uma família rica?

R. Existem banqueiros de origens sociais muito diferentes. Alguns, de origem mais humilde, são excelentes profissionais. O importante é conhecer bem o setor, os produtos, as necessidades do cliente e saber ouvir.

Q. Mas esses perfis não têm mais dificuldade em conhecer menos pessoas com dinheiro?

R. Sim, é mais difícil para eles. Eles têm que se esforçar mais do que outros colegas que têm mais conexões de origem.

Q. Você recebe muitos clientes em campos de golfe e eventos sociais?

R. Não tanto quanto você pensa. Mais negócios são concluídos nessas áreas.

P. Você já esteve em casamentos de clientes ou de seus filhos?

R. Sim, ocasionalmente. Porque há clientes que já são amigos.

Q. A banca de Andorra ainda tem um estigma?

R. Acho que não mais. Há anos que troca informações fiscais com o resto dos países europeus. Não há mais contas não declaradas lá.

P. Que estudo?

R. Estudei Economia e Ciências Empresariais na Universidade de Gales, em Cardiff (Reino Unido).

P. Quantas horas você trabalha por dia?

R. Saio de casa às 7h30 da manhã e só volto antes das nove da noite.

P. Esses horários não são muito compatíveis com a criação dos filhos…

R. Não, isso é verdade. Tenho dois filhos, de 19 e 17 anos, e uma filha de 15, e foi minha esposa quem teve que fazer os maiores esforços e sacrifícios para cuidar deles e educá-los.

P. Quando você os vê?

R. A hora do jantar e os fins de semana são sagrados. Agora, porém, eles passam cada vez menos tempo em casa.

P. Você esquece seu terno no sábado e no domingo?

R. Sim. No fim de semana uso tênis, jeans e camiseta do Iron Maiden.

P. O que você gosta de fazer para se desconectar?

R. Vá para uma fazenda familiar em Ciudad Real, próximo ao Parque Nacional Cabañeros. Lá ando a cavalo, aprecio a natureza, ando de caiaque pelo Guadiana, pesco e leio junto à lareira. Vou algumas vezes por mês.

P. Quais esportes você pratica na cidade?

R. Um pouco de golfe e paddle tennis.

Q. Você é torcedor de algum time?

R. Do Atlético de Madrid, mas também não sou fã. Só assisto jogos importantes.

P. Que música você ouve?

R. Minhas playlists do Spotify nunca deixam de incluir Rolling Stones, Dire Straits, Guns N’ Roses e também alguns artistas espanhóis como Melendi ou El Canto del Loco.

P. Onde você passa o verão?

R. Passamos sempre uma semana em Maiorca e outra em Puerto de Santa María. Eu amo o mar.

Q. Qual foi a melhor viagem da sua vida?

R. Aquele que fiz no verão passado no santuário de Lourdes, na França. Fui com minha esposa e filhos durante três dias, acompanhando um grupo de doentes, como voluntariado. A experiência foi muito gratificante e espero repeti-la todos os anos.

P. Quem organizou a viagem?

R. Fomos com alguns amigos e foi a Ordem de Malta que organizou esta peregrinação para os doentes. Um dos meus filhos já tinha ido no ano anterior e nos convenceu. Ver minha filhinha ajudando as pessoas me tocou e me deixou muito orgulhosa.

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By Edward C. Tilton

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