/cloudfront-eu-central-1.images.arcpublishing.com/prisa/GLEIQVNPTVJHXCHSYU2IWPT25E.jpg "José Lladó, presidente honorário da Técnicas Reunidas e ex-ministro de Suárez, morre aos 89 anos | Economia")
O ex-ministro e empresário José Lladó Fernández-Urrutia, presidente honorário das Técnicas Reunidas, morreu esta quarta-feira em Madrid, aos 89 anos, após uma longa doença, informaram fontes familiares à Efe. Lladó, nascido em Madrid em 1934, foi presidente fundador e principal acionista da multinacional espanhola de engenharia e infraestrutura Técnicas Reunidas.
Foi também Ministro do Comércio entre 1976 e 1977, e posteriormente dos Transportes e Comunicações, em ambos os casos tendo Adolfo Suárez como Presidente do Governo. Entre 1978 e 1982 ocupou o cargo de embaixador espanhol em Washington.
Doutor em Ciências Químicas, Lladó foi membro honorário da American Chemical Society. Foi o primeiro presidente do Real Conselho Curador do Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía, cargo que ocupou entre 1986 e 1994), além de patrono fundador e vice-presidente do Colegio Libre de Emeritus Universitarios, patrono do Fundação Príncipe das Astúrias, presidente do Júri das Artes do Prémio Príncipe das Astúrias desde 1991 e presidente da Fundação Xavier Zubiri.
Na Técnicas Reunidas, empresa que fundou com outros sócios na década de sessenta do século passado, ocupou o cargo de presidente executivo do Conselho de Administração entre 2006 e 2020. Nesse ano entregou o cargo ao filho Juan. Outro dos seus cinco filhos, José Manuel, ocupa a primeira vice-presidência. Mas além de presidente honorário, José Lladó continuou a ser um acionista de referência na multinacional, com mais de 37% das ações, segundo os últimos registos da Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV).
Nos últimos resultados apresentados, a empresa de engenharia obteve um lucro de 41,2 milhões entre janeiro e setembro de 2023, revertendo os números vermelhos do mesmo período do ano anterior. A empresa declarou então que espera obter um volume de negócios de cerca de 4.000 milhões de euros no conjunto do ano, impulsionado pela sua actividade internacional. Em Janeiro passado, a multinacional anunciou um contrato milionário conseguido na Arábia Saudita para o desenvolvimento de novas instalações de fraccionamento de Líquidos de Gás Natural (LGN) em conjunto com a empresa chinesa Sinopec. Ambas as empresas avaliaram o valor da obra em mais de 3.000 milhões de euros, dos quais 65% (cerca de 2.150 milhões de euros) correspondiam à firma espanhola.
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