No último Conselho de Ministros do ano realizado esta quarta-feira, o Governo aprovou um Real Decreto que aprova uma taxa adicional de estabilização do emprego temporário na Administração Geral do Estado (AGE), que é composta por um total de 884 cargos. que, desta forma, deixará de ser temporário e se tornará fixo.
A possibilidade de aprovação destas taxas adicionais de estabilidade já foi autorizada pelo Real Decreto-Lei 5/2023, de 28 de junho, com o objetivo de convocar os processos seletivos para cumprir, por sua vez, a Lei 20/2021 sobre medidas urgentes. para a redução do emprego temporário no emprego público. Assim, no âmbito dos processos provisórios de estabilização, a norma prevê também uma taxa adicional para as Administrações Públicas estaduais, regionais e locais.
Especificamente, do total, 793 cargos serão para funcionários da Administração Geral do Estado: dos órgãos A1 (73 cargos); A2 (224); C1(8); e C2 (488). Outro cargo corresponde a funcionários de Instituições Penitenciárias. Os demais são cargos estatutários. Assim, serão 77 vagas correspondentes à Rede Hospitalar do Ministério da Defesa, somando pessoal médico, pessoal não docente e pessoal de gestão e serviço. Os restantes 13 fazem parte do quadro estatutário do Ministério da Saúde, tanto do Instituto Nacional de Gestão da Saúde (INGESA) como da Organização Nacional de Transplantes.
O sistema de seleção para estes processos de estabilização será um concurso, que deverá ser convocado e resolvido por cada departamento ministerial. Além disso, as chamadas derivadas desta taxa adicional de estabilização devem ser resolvidas antes de 31 de dezembro de 2024. Estas vagas somam-se à maior oferta pública de emprego implantada este ano, com quase 40.000 vagas novas e de promoção interna, cujos processos já estão são sendo realizado.
Este tipo de apelo visa colocar a taxa estrutural de emprego temporário abaixo dos 8% em todas as Administrações Públicas espanholas, em linha com os compromissos do Plano de Recuperação, Transformação e Resiliência (PRTR). Este é um objectivo que, apesar de toda a regulamentação aprovada para o mesmo, ainda está muito longe do previsto, uma vez que a taxa de emprego temporário no sector público ultrapassa os 30%, o que significa que um em cada três funcionários da administração é temporário. no momento. Esta taxa recusa-se a baixar, em contraste com o carácter temporário do sector privado que, após a reforma laboral de 2022, caiu para cerca de 14%, em linha com os níveis médios dos países europeus.
Próximo aumento salarial
Em termos de emprego público, o Governo deverá, previsivelmente, aplicar um novo aumento salarial dos funcionários públicos de 0,5% se o aumento do PIB este ano for superior aos 2,4% previstos. Este novo aumento se somaria aos já aplicados neste ano. No acordo salarial celebrado entre o Executivo e os sindicatos, foi acordado um aumento fixo de 2,5% para 2023, mas esta percentagem poderá ser aumentada até um ponto adicional dependendo de variáveis como o IPC (até 0,5%) e o Produto Interno Bruto nominal (outros 0,5%).
Especificamente, em relação à parte do aumento ligado à inflação, os Orçamentos Gerais do Estado para 2023 incluem um aumento de 0,5 pontos adicionais se a soma do IPC Harmonizado (IPCA) para 2022 e os dados do IPC avançados pelo Instituto Nacional de Estatística de o mês de setembro de 2023 ultrapassa 6%. O IPCA de 2022 foi de 5,5% e o segundo chegou a 3,2%, então a soma (8,7%) atende à condição para realizar o aumento. Embora num futuro próximo o Executivo deva aplicar o novo aumento de meio ponto ligado ao aumento do PIB, caso a maioria das previsões, que apontam para aumentos superiores a 2,4%, se concretizem.
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