Espanha é o país europeu com mais mulheres gestoras | Economia

Espanha é o país europeu com mais mulheres gestoras |  Economia

A liderança feminina em Espanha avançou a um ritmo mais rápido em comparação com o resto do Velho Continente, e as mulheres já ocupam 40% dos cargos de chefia nas empresas espanholas, quando em 2004 este número mal se aproximava dos 14%. É o que avança a vigésima edição do relatório. Mulheres nos Negócios 2024, elaborado pela consultoria Grant Thornton e apresentado esta segunda-feira em Madrid. Espanha não só está acima da média europeia – superou em cinco pontos percentuais os restantes congéneres – mas também no panorama global: tem uma vantagem de 7 pontos percentuais sobre os registos médios dos 31 países inquiridos pela auditoria, empresa de consultoria e assessoria jurídica e financeira.

O número de mulheres à frente das empresas espanholas cresceu dois pontos percentuais desde a última edição, embora a consultora tenha projetado que a paridade – atingindo 50% de mulheres em cargos de gestão – só chegará em 2053. Em relação às empresas cotadas, as mulheres já ocupam 34,5% das posições de liderança das empresas Ibex 35, o que aproxima o objetivo de paridade de 40% definido pela Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV).

Geograficamente, a percentagem de mulheres líderes varia em todo o país: a Comunidade Valenciana encabeça a lista dos territórios com mais mulheres líderes, com 44%; seguidas pelas Ilhas Canárias (42%); Galiza (41%); Madrid (40%) e Navarra (39%).

Contudo, o posicionamento das mulheres tende a variar de um departamento para outro. Os maiores avanços na paridade nos últimos dez anos foram observados nos departamentos de recursos humanos, onde a percentagem de mulheres em cargos de gestão aumentou 35 pontos percentuais, de 11% em 2014, para 46%. A segunda conquista mais notável é mostrada na percentagem de mulheres presidentes: em 2012, nenhuma mulher ocupava cargos de presidente em empresas espanholas. Hoje, eles representam 9%.

Sensibilidades diferentes

Esta lacuna é demonstrada em diferentes setores financeiros. Entre as áreas onde as mulheres estão mais atrás, o estudo destaca o capital de risco, um setor onde as mulheres ocupam entre 12% e 16% dos cargos de chefia. Entre as preocupações mencionadas por mais de 400 gestores entrevistados no país, apontam preconceitos inconscientes como a síndrome do impostor, além de outras barreiras como estereótipos ultrapassados. Além disso, destacam a urgência de combater o cliché de investir como indústria masculina.

“Mulheres e homens têm sensibilidades diferentes em muitas questões, mas a diversidade permite-nos formar uma visão mais rica e profunda”, afirma Natividad Sierra, diretora de relações com investidores da sociedade gestora Corpfin Capital e membro do comité Level20. uma associação sem fins lucrativos, e cujo objetivo é atingir 20% de mulheres no capital de risco.

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By Edward C. Tilton

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