Os economistas acreditam que o crescimento de Espanha perderá força no curto prazo. Ele Barômetro Econômico elaborado pelo Conselho Geral de Economistas (CGE) apresentado esta quarta-feira indica que três em cada quatro colegiados estimam que a situação do país se agravará neste primeiro semestre de 2024. Segundo os inquiridos, a elevada pressão fiscal a que estão submetidos os cidadãos e A composição do actual Governo são as principais razões pelas quais as perspectivas do país melhorariam.
Questionados sobre a situação actual em Espanha face à de há seis meses, a opinião maioritária (73%) dos inquiridos é que há uma deterioração da economia, enquanto 15,6% quase não percebem alterações e 11,2% têm uma percepção positiva. .
A elevada incerteza quanto à redução das taxas de juro por parte do Banco Central Europeu e a instabilidade geopolítica tornam as expectativas desfavoráveis para os primeiros seis meses de 2024, segundo o documento. Quase nove em cada dez economistas concordam que o aperto das políticas monetárias influencia negativamente o crescimento de Espanha no curto prazo. 63,5% dos inquiridos consideram, de facto, que a política monetária mais restritiva tem um impacto negativo moderado, e para 24,8% é muito pronunciado.
Segundo os economistas, a pressão fiscal que os cidadãos têm de enfrentar é o factor que mais prejudica a competitividade da economia espanhola face aos países vizinhos, seguida de perto pelo aumento dos custos salariais. Para Valentín Pich, presidente do Conselho Geral de Economistas, o que mais chama a atenção neste relatório é a elevada carga fiscal: “de 2019 até hoje, a soma dos impostos e contribuições sociais aumentou mais em Espanha do que em qualquer outro país. da União Europeia”.
Os especialistas também estão pessimistas quanto aos níveis de desemprego neste semestre. 63,7% estimam que o desemprego aumentará; enquanto 15,6% acreditam que vai melhorar. “Nosso nível de desemprego, a grande economia irregular e o fato de boa parte da população ter rendimentos baixos e não tributados, o peso dessa pressão fiscal recai sobre as classes médias”, afirma Pich. O presidente da CGE recomenda explorar outras vias, como a redução das contribuições para a Segurança Social, com o objectivo de promover a criação de emprego e, assim, desencorajar a economia subterrânea. “Se num país o rendimento per capita não progride e a inflação tem um grande impacto nos bolsos dos cidadãos, não vemos os economistas sendo positivos em relação ao futuro a curto prazo. Existe uma realidade e é que a estrutura económica de Espanha se baseia no emprego em más condições e com baixos salários”, admite Pich.
Outro ponto que o barómetro destaca são os níveis de poupança dos cidadãos. Pouco mais de metade dos economistas inquiridos (52,5%) acredita que as famílias terão dificuldades em poupar em casa nos próximos seis meses; 37,/% consideram provável a impossibilidade de poupar e 14,8% afirmam-na com total certeza. Noutro sentido, 35,8% estão optimistas e consideram que os utilizadores poderão poupar em casa no primeiro semestre de 2024; 9,9% com certeza e 34,4% acreditam que é provável.
Economistas contra o actual Governo
Os especialistas também têm uma visão negativa do atual Executivo formado pelo presidente Pedro Sánchez. Quase metade dos inquiridos (47,5%) acredita que o Governo liderado pelo PSOE “vai afetar muito negativamente” e para 29,5% “vai afetar negativamente” a economia do país. Por outro lado, 8% estimam que irá “afetar positivamente” e 1,8% “muito positivamente”. Ou seja, menos de 10% dos inquiridos pensam que o Executivo ajudará a melhorar a situação económica, apesar de todos os indicadores indicarem um crescimento moderado em Espanha no curto prazo.
Relativamente aos conflitos e tensões geopolíticas que existem no globo, para 58,9% influenciam a economia “negativamente” e para 31,5% “muito negativamente”.
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