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A Polícia Federal realizou nesta quinta-feira uma nova operação, intensificando a investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e alguns de seus aliados por manipulação de registros para criação de certificados falsos de vacinação contra a Covid-19 em 2022.
Em breve depoimento, a Polícia Federal informou ter cumprido dois mandados de busca e prisão nas cidades do Rio de Janeiro e Duque de Caxias – solicitados pelo Ministério Federal de Segurança Pública e homologados pelo Supremo Tribunal Federal.
Segundo o G1, os alvos da operação de hoje foram Washington Reis, atual ministro dos Transportes do Rio de Janeiro, e Célia Serrano, ministra municipal da Saúde de Duque de Caxias. Ambos foram citados em relatório da Polícia Federal sobre o caso em março de 2024. Reis, que foi prefeito de Duque de Caxias até o início de 2022, e Serrano são suspeitos de ordenarem a falsificação de certificados de vacinação.
A investigação começou em maio de 2023, quando as autoridades invadiram uma das residências de Bolsonaro e prenderam seis pessoas, incluindo o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, que servia como seu assessor. A análise constatou que o celular do tenente-coronel Cid e um computador do palácio presidencial foram usados em 2022 para criar cópias digitais falsas de um certificado de vacinação contra a Covid-19 em nome de Bolsonaro. Em depoimento à Polícia Federal, Bolsonaro disse que nunca foi vacinado contra a Covid-19.
Os certificados falsos poderiam ter permitido que Bolsonaro, que sempre negou abertamente a Covid-19 e as vacinas, viajasse para o exterior ou entrasse em locais onde o comprovante de vacinação é exigido. Em 2021, durante uma viagem para fazer um discurso nas Nações Unidas, Bolsonaro foi visto comendo pizza na rua de Nova York, evitando apresentar comprovante de vacinação para entrar em um restaurante.
Após quatro meses de prisão, o tenente-coronel Cid aceitou um acordo judicial que abriu caminho para novas investigações, incluindo uma sobre uma tentativa de golpe liderada por Bolsonaro e um plano de contrabando de joias doadas pela Arábia Saudita ao governo brasileiro.
Em março deste ano, a Polícia Federal recomendou que Bolsonaro e outros envolvidos fossem processados pelo escândalo do certificado de vacinação falso. Cabe agora ao Ministério Federal decidir se a alegação será levada adiante.
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